Visão de Jesus glorificado em Apocalipse. Estudo bíblico detalhado - Carmen Marioni

Visão de Jesus glorificado em Apocalipse. Estudo bíblico detalhado

Publicado em 06/07/2024


Visão de Jesus em glória
Visão de JESUS GLORIFICADO em Apocalipse 1:9-16


✔Querido amigo, 

O nosso objetivo hoje é estudarmos Apocalipse Capítulo 1, Versículo 9 a 16, um texto que nos fará refletir sobre o Senhor Jesus glorificado.


Para entendermos e nos apropriarmos desse conteúdo, vamos ler o texto bíblico. Diz assim a palavra de Deus: 


“Eu, João, vosso irmão e vosso companheiro na tribulação, no Reino, na perseverança em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.

 

Achei-me em espírito no dia do Senhor e ouvi, por trás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: ‘O que vês, escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.

Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro. E no meio dos candeeiros, um semelhante a Filho do Homem com vestes talares e cingido a altura do peito com uma cinta de ouro.

A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como a neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas.

 

Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes e o seu rosto brilhava como o sol na sua força.”


Querido amigo, depois dessa leitura, devemos perceber então que vamos estudar um texto que vai nos falará sobre o Senhor Jesus glorificado. Vamos então dar-lhe o seguinte título: “A visão do Senhor Jesus glorificado”. O título para o nosso estudo então, Apocalipse 1:9-16, é:


A VISÃO DO SENHOR JESUS GLORIFICADO

Nessa visão, João chama nossa atenção para estupenda figura de Jesus glorificado. Mesmo que ele tinha visto Jesus transfigurado, agora O via em plena esplendor da sua glória.


E por isso, a sua mensagem é muito objetiva: Somente Jesus, o Senhor Jesus glorificado, se revela em majestade e glória. Eu repito: Esse é o resumo desse texto, esse é o princípio que temos a partir de Apocalipse Capítulo 1, Versículo 9 a 16:


Somente Jesus, o Senhor glorificado, se revela em majestade e Glória

Nesse texto, nós vamos encontrar três aspectos da visão de Jesus, o Senhor Jesus glorificado.


O primeiro aspecto refere-se a João

Que ouviu e viu Jesus glorificado, versículo 9 a 11. João, irmão e companheiro na tribulação, no Reino, na perseverança,

▶ilha de Patmos, razão do exílio.

▶A condição: em espírito ele estava,

▶A oportunidade: no dia do Senhor,

▶ouviu uma grande voz e a ordem: "Escreve o que vês".


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Querido amigo, vamos então detalhar esse texto:


"Eu, João", assim como nós lemos em Daniel, "eu, Daniel", conforme Daniel 7:28, 9:2 e 10:2, mostrando a semelhança entre os profetas apocalípticos do Novo e do Antigo Testamento. Nenhum outro escritor usa essa frase.


“Vosso irmão", assim como no evangelho e nas cartas, João não faz menção do seu nome, mesmo que tenha se identificado como discípulo a quem Jesus amava. Aqui, com sua peculiar humildade, ele se nomeia, porém, não faz menção do seu apostolado.


▶Ele se diz participante, isto é, ele foi co-participante da tribulação, característica precursora do Reino. Portanto, uma sequência bem normal é a seguinte:

▶tribulação,

▶reino

▶e perseverança.


A tribulação do reino deve ser encarada com perseverança, com paciência, pois as três são inseparáveis. A perseverança é a paciência duradoura.


Ele estava em Jesus, irmão em Jesus, pois é nele que todos nós, crentes cristãos, temos direito ao reino e a força espiritual para poder suportar com perseverança as tribulações em prol do reino.


▶João continua dizendo que ele se achou na ilha chamada Patmos. Isso é, o local onde João estava exilado. Uma ilha rochosa no meio do oceano. Então, restrito a esse único ponto na terra, lá exilado, Deus lhe permitiu entrar nas amplas esferas secretas do céu.


De certo modo, agora João bebia do seu cálice e era batizado pelo seu batismo. Lembra lá em Mateus 20:22? João disse que queria participar do reino, queria um lugar de posição para ele, para Tiago, seu irmão. E Jesus perguntou se eles estavam preparados para beber o seu cálice e ser batizados com seu batismo.


▶E agora, João estava tendo essa oportunidade, sozinho, isolado, o último dos apóstolos, ele se achava ali, sabe por quê? Por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo.


E essa, querido amigo, é a razão pela qual esse livro de Apocalipse foi e sempre é muito apreciado nos tempos de adversidade.


▶João continua dizendo que, então, se achou em espírito. Isso é, ele estava num êxtase, ele saiu do mundo terreno e penetrou imediatamente no mundo espiritual, na dimensão invisível.


Enquanto profeta fala no espírito, aquele que tem a visão, como no caso de João, está no espírito. Um fala no espírito, outro está no espírito com toda a sua pessoa.


▶Com Cristo, esse estar no espírito não é uma exceção, mas era o seu estado contínuo. João se achou no espírito, teve essa visão no dia do Senhor. Veja o versículo 10, isso é, no domingo, dia em que semanalmente a igreja comemora a ressurreição do Senhor.


Embora não estivesse presente com seus irmãos, em espírito, ele estava com eles. Ele se dirige a várias igrejas ali da Ásia, mas ele mesmo estava isolado, exilado na ilha de Patmos.


Então, essa é uma das menções mais primitivas do termo dia do Senhor. Assim, o dia do culto, das ofertas e do Senhor, era respeitado pelas primeiras igrejas. Isso é, era o domingo.


Os primeiros cristãos entendiam que, no domingo, celebravam suas reuniões conjuntas, porque ele era o primeiro dia. Isto é, aquele dia em que Deus, tendo tirado as trevas e o caos, fez e criou o mundo.

 

E esse era o primeiro dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor, ressuscitou dos mortos.


▶João ainda continua a sua descrição e disse que ouviu uma grande voz, como de trombeta. Essa voz chamou a atenção de João, era uma voz fortíssima e a trombeta, ilustrando essa voz, convocava para as festas religiosas e agora, acompanhava a revelação que Deus dava de si mesmo.


Essa voz dizia: “O que vês, escreve em livro.” Isto é, nesse livro, que tem origem semelhante aos outros livros das escrituras sagradas, um livro que tem muito maior peso do que qualquer outra obra literária na terra. Escreve, escreve e manda para as sete igrejas.


Veja o versículo 11 e aí ele menciona então,

▶Éfeso,

Esmirna,

Pérgamo,

Tiatira,

Sardes,

Filadélfia

e Laodiceia.


Querido amigo, o segundo aspecto então desta manifestação do Senhor, dessa experiência do Cristo Jesus glorificado,


▶Refere-se às sete igrejas

Essas igrejas são destinatárias das palavras do Senhor Jesus. Certamente, tínhamos, naqueles dias, mais igrejas na província da Ásia, provavelmente, em outras cidades como, por exemplo, Mileto.


Nós vimos comunidades cristãs que foram fruto do trabalho de evangelização do apóstolo Paulo em Éfeso, conforme Atos 19:10. 


Essas sete igrejas específicas foram mencionadas por serem sete, um número com significado importante aqui no livro. Uma expressão de totalidade e universalidade.

 

Essas são sete igrejas representativas e como um todo completo, elas revelam as principais características espirituais de todas as igrejas, de todos os lugares e de todos os tempos.


Essas igrejas não foram escolhidas casualmente, não. O Senhor não trata assim o seu povo. Elas foram escolhidas, ou foram selecionadas, pois representavam, em conjunto, as características que o Senhor Jesus, o Senhor da igreja, via nessa igreja. 


Algumas dessas características deveriam ser deixadas, porém, outras deveriam ser desenvolvidas, deveriam ser incrementadas. É interessante, algumas dessas características, embora nós vamos estudá-las, cada uma das cartas para as igrejas pormenorizadamente daqui a três programas.


visão de João
Jesus glorificado: visão de João


Temos, por exemplo, só para que você tenha uma ideia do que nós vamos estudar, temos

Esmirna, uma igreja exposta a perseguições e morte.


▶E por outro lado, temos Sardes, que tem o nome de viva, mas estava espiritualmente morta. 


Temos Laodiceia, rica e sem necessidade, na sua própria opinião, com amplos talentos, porém, era uma igreja fraca e débil na causa de Cristo.


▶Enquanto que Filadélfia, ah, tinha pouca força, mas ela guardava a palavra de Cristo e tinha diante de si uma porta, uma grande porta aberta pelo próprio Senhor.


Encontramos também Éfeso, uma igreja intolerante com maldade e com os falsos mestres, porém, com seu primeiro amor perdido.


Por outro lado, temos Tiatira, que tinha muito amor, tinha muito serviço, muita fé, permitindo, contudo, que uma falsa profetiza seduzia muitos.

Éfeso também se destaca pelo combate à falsa liberdade, isso é, pelo combate à concupiscência carnal, uma referência aos nicolaítas.


E assim também temos Pérgamo, em conflito com as tentações semelhantes a Balaão, induzindo à fornicação e às comidas idolátricas.


Por outro lado, nós temos Filadélfia, em conflito com a sinagoga judaica, significando o quê? A servidão legalista. 


▶Finalmente, nós temos Sardes e Laodiceia, sem enfrentar qualquer ativa oposição que provasse as suas energias espirituais, mas numa posição tremendamente perigosa, se considerarmos a indulgência natural do ser humano.


Querido, essas são as igrejas que representam todas as igrejas, inclusive a sua e a minha, quando consideramos o plano de interpretação histórica.


Então, temos que admitir que colocações que os estudiosos, que assim creem, fazem, elas são fantásticas. Tão fantásticas que alguns outros estudiosos não as aceitam. Mas, vale a pena registrar essas interpretações, isso é, esses estudiosos entendem que:


▶Essas 7 igrejas representam 7 etapas da história da igreja

Visão de JESUS GLORIFICADO em Apocalipse 1:9-16
As 7 igrejas da Ásia representam as igrejas de todos os tempos

Por exemplo:

Éfeso simboliza a igreja da era apostólica, que trabalhava arduamente.


Esmirna simboliza a igreja pós apostólica, que foi duramente perseguida.


Pérgamo simboliza a igreja crescente e mundana, que surgiu depois do Imperador Constantino, que fez o cristianismo a religião oficial do império romano.


Tiatira vem logo a seguir, simboliza a igreja da Idade Média, que se caracterizou pela corrupção e desvio moral.


Sardes simboliza a igreja da época da reforma, que se notabilizou pela ortodoxia, mas, infelizmente, pela ausência de uma vitalidade espiritual mais intensa.


Filadélfia, já nos aproximando do nosso tempo, simboliza a igreja da modernidade, que experimentou os reavivamentos, impulsionou os empreendimentos missionários mundiais.


▶E, finalmente, Laodiceia simboliza a igreja contemporânea, a igreja atual, que tem ficado morna, por causa da apostasia e por causa da abastança.


Querido amigo, esse é um retrato inicial rápido de todas as igrejas. Nós vamos estudá-las com mais detalhes daqui a dois ou três programas.


▶O terceiro aspecto refere-se à visão que João teve de Jesus glorificado


▶Isto é, versículos 12 até 16. Versículo 12, "voltei-me para ver quem falava comigo", isso é, para saber de onde vem a voz, e a voz era voz do Pai, como no batismo e na transfiguração.


▶E aqui, mais uma vez, para apresentar Cristo como nosso sumo sacerdote. Ele voltou-se e viu sete candeeiros, isso é, viu a peça que sustentava sete lâmpadas. Conforme a descrição do livro do Êxodo, os sete se unem numa só peça e aqui, simbolizam, representam a igreja inteira, todas as igrejas.


As igrejas formam a unidade, no Espírito Santo e em Cristo, porque Cristo é a cabeça da igreja. O candeeiro não é a luz, mas ele mantém a luz, apresentando-a para que brilhe em redor.


A luz é o Senhor, a luz não é da igreja, a igreja recebe a luz do Senhor, a igreja é portadora da glória de Deus.


O candeeiro estava colocado no santuário, tipo da igreja na terra


Como o lugar santíssimo era o lugar da igreja no céu. A única luz do lugar santo, isso é, do santuário, se originava do candeeiro. Assim, o Senhor Deus é a única luz da igreja.


A luz da igreja é a graça divina, e não a luz da natureza. Esse candeeiro de ouro simboliza, ao mesmo tempo, preciosidade e santidade.


▶Versículo 13, a forma humana pode ser reconhecido por João, porque ele já tinha visto o seu Senhor transfigurado. Ele estava no meio dos candeeiros, que significa presença contínua e atividade incessante de Cristo, no meio da igreja, no meio do seu povo.


No capítulo 4, quando o Senhor aparece no céu, sua identificação sofre a correspondente alteração. Com tudo, ali no capítulo 4, o arco-íris nos recorda seu pacto perpétuo com o ser humano.


▶Ainda nesse versículo, essa frase, "semelhante ao Filho do Homem", significa que João tinha visto, como um homem, o Senhor Jesus, sofrendo agonia no Getsêmani, e a vergonha e angústia do Calvário.


Porém, agora, ele via esse Filho do Homem glorificado em toda sua glória. Não somente como Filho de Deus, mas como Filho do Homem glorificado, resultado da sua humilhação, do seu alto esvaziamento.


▶Ele via esse ser com vestes talares e cingido a altura do peito. Isso significa que a sua vestimenta era um emblema do seu sacerdócio. 


O manto e o cinturão de Arão eram para a glória e formosura, e combinavam com a insígnia de alteza real e do sacerdócio. Um sacerdócio não de origem humana, mas da ordem de Melquisedeque, conforme lemos em Hebreus.


Jesus era diferente dos sacerdócios arônicos. Cristo está exercendo ainda esse seu sacerdócio, desde a sua ascensão, portanto, tem as vestes de gala.


Ele, que está no meio dos candeeiros, demonstra que é rei e sacerdote, por suas próprias vestimentas.


Como Arão levava essas insígnias, quando saía do santuário para abençoar o povo, assim, quando Cristo voltar aparecerá com a roupagem e formosura e glória.


O cinto normal para alguém, sacerdote, ocupando ativamente a sua vida e os seus dons no serviço do Senhor, o cinto cingia os lombos, as costas, porém, os sacerdotes levitas se cingiam mais acima, a partir do peito para os ombros, para que seus movimentos fossem majestosos, calmos, tranquilos. E esse cinto firmava todas as vestes, simbolizava as forças reunidas. A justiça e a fidelidade formam o cinto de Jesus Cristo.


O cinto do sumo sacerdote era entretecido com ouro, porém, o cinto de Jesus glorificado é todo de ouro demostrando a sua superioridade ao símbolo.


▶No versículo 14, lemos que João viu que a sua cabeça e os cabelos eram brancos como alva lã, como a neve. A cor é o ponto de comparação, significa pureza e glória.


Os olhos como chama, são escrutinadores, são penetrantes como fogo, mas ao mesmo tempo, expressam a indignação consumidora contra o pecado, especialmente em sua vinda, vingando-se de todos os ímpios.


Os seus pés, no versículo 15, nós lemos, eram semelhantes ao bronze polido. Lembra-nos dos pés dos seres viventes servindo a Deus, na visão que Ezequiel teve.


Frequentemente, os profetas apresentavam imagens de Deus ou dos seus servos calcando os pés aos seus adversários. E pés metálicos sugere então uma força para esmagar os seus inimigos.


A voz como de muitas águas, uma voz potente, uma voz do noivo. Sem dúvida, essa potente voz será o terror para os seus inimigos.


▶Ele tinha, na sua mão direita, sete estrelas. Nós vamos perceber qual o significado no versículo 20 no próximo programa.


Segurar as sete estrelas das igrejas nas suas mãos demonstra o poder de Jesus para com sua igreja.


E da sua boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes certamente é a palavra de Deus, para salvar, mas para julgar e castigar aqueles que não se renderam a Ele.


▶Finalmente, o seu rosto brilhava como o sol na sua força. 

JESUS É A LUZ DO MUNDO!‼


Querido amigo, ao concluirmos a nossa reflexão sobre esse Cristo Jesus glorificado, a minha oração é de que você se alegre por um dia poder se encontrar com o Senhor.


Que o Senhor te abençoe um grande abraço e até o próximo programa



Por Dr. J. Vernon McGee © Thru the Bible Radio Network, www.ttb.org

Fontes:

Bíblia sagrada

Programa através da Bíblia

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