A oração sacerdotal de Jesus e a visão de Jesus glorificado - Carmen Marioni

A oração sacerdotal de Jesus e a visão de Jesus glorificado

Publicado em 13/07/2024

Cristo glorificado
"Fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre!"

✔Querido amigo,

Hoje temos como objetivo estudar os versos 17 e 18 do primeiro capítulo de Apocalipse.

Concluiremos o estudo desse primeiro capítulo no próximo programa, quando estudaremos os versos 19 e 20.


Hoje, nós vamos estudar, então, Apocalipse 1:17 e 18. E nesses versos encontramos palavras encorajadoras de Jesus Cristo, endereçadas a todos nós que pertencemos a sua igreja.


Eu leio logo no início do programa esses dois versos para que você se familiarize com esse conteúdo. Diz assim, João, no seu livro:


"Quando o vi, cai a seus pés como morto. Porém, ele pôs sobre mim a sua mão direita, dizendo:

 

'Não temas, eu sou o Primeiro e o Último. Aquele que vive, esteve morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno".


Querido amigo, você deve se lembrar que nós já mencionamos que o Apocalipse foi escrito com símbolos.



Os candelabros, como nós veremos no programa seguinte, os candelabros que João viu, por exemplo, eles simbolizam a igreja ou as igrejas.



As estrelas significam os anjos. Nós vamos conversar sobre isso no próximo programa. Que anjos são esses que João está se referindo? Precisamos, então, distinguir entre o que João viu e o significado do que ele viu.


Livros como Daniel, Zacarias, Ezequiel e Isaías usam uma linguagem figurada semelhante quando se tratam de passagens que nos levam a vislumbrar aquilo que teremos no futuro.


Em Apocalipse 1, por exemplo, o texto que nós estamos estudando, Jesus aparece a João. Foi uma cena aterradora, uma cena grandiosa.


oração sacerdotal
Oração sacerdotal se cumpre em Apocalipse


Ele era enorme, sete estrelas em sua mão, o seu semblante, como nós vimos no programa passado, resplandecia como o sol ao meio-dia, isso é, com todo o seu calor, com todo o seu ardor, com toda a sua luz.



A sua voz troava como as águas, talvez as Cataratas do Iguaçu.



▶Seus pés eram como bronze refinado no fogo, isso é, um bronze muito polido, muito brilhante, dando a ideia, como nós mencionamos no programa passado, que ele estava julgando, incinerando tudo em sua passagem.


Aquela passagem que nós estudamos também no finalzinho de Malaquias, no capítulo 4, dizendo que os ímpios serão julgados, serão consumidos pelo fogo do julgamento de Deus, serão como restolho aos nossos pés.



▶Os olhos do Senhor Jesus eram flamejantes, poderiam penetrar como se fosse uma visão de raio X.


Cristo tinha entrado no reino da morte e emergiu vitorioso, possuindo as chaves da morte e do inferno!


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Por isso, então, vamos estudar esse texto, os Versículos 17 e 18 de Apocalipse, dando-lhe o seguinte título:



▶A VISÃO DE JESUS GLORIFICADO


O texto básico é Apocalipse Capítulo 1 Versículo 17 e 18. Ao introduzirmos os nossos comentários sobre esse texto, nós devemos perceber que não é difícil imaginar o tremendo efeito que a vida de Jesus deve ter tido sobre os seus discípulos.


De todos os modos, enquanto estava tão intimamente associado a eles durante os três anos e meio de ministério, certamente a presença de Jesus, as ações de Jesus, a própria vida de Jesus, os seus ensinos, certamente causaram grande impacto na vida daqueles homens.


Como a Escritura nos revela, a regularidade da oração na sua vida, a proximidade que ele tinha com o Pai, os momentos em que ele reservava para falar sozinho com o Pai, a natureza sincera das suas orações, como foi registrada pelos evangelistas em algumas ocasiões, estão marcantes.


Tudo isso certamente impactou aqueles doze homens e aqueles que viviam mais próximos do Senhor Jesus Cristo.


E com certeza, essa vida de oração se tornou um exemplo para todos nós, como tantas outras características da sua vida.


Porém, nessa questão da oração, nesse detalhe da vida de oração do Senhor Jesus, houve uma oração, dentre as diversas orações, que certamente impactaram mais ainda a vida dos seus discípulos.


Essa oração foi feita na noite da quinta-feira, na última noite em que Jesus passou com os seus discípulos. Logo a seguir, ainda durante a noite, na madrugada:


▶o Senhor Jesus foi preso e, a partir dali, não voltou mais para ter um contato de intimidade com seus discípulos.


▶Ele foi preso,


▶foi julgado,


▶foi para a casa de Caifás,


▶foi para o Palácio de Herodes,


▶depois, já durante a manhã, foi para o Palácio de Pilatos e ali ele foi finalmente condenado


▶e depois foi crucificado na própria sexta-feira, por volta do meio-dia.


Essa última oração do Senhor Jesus aparece bem especificamente, claramente exposta e registrada por João no capítulo 17. Temos chamado essa oração de:



▶A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS

João 17, então, é a oração de Jesus mais longa que foi registrada.


O que podemos aprender com essa oração sacerdotal? Com o conteúdo dessa oração, dessa última oração do Senhor? A oração foi dividida em três partes.


▶Primeiramente, Jesus orou tendo em vista a sua própria relação com Deus Pai.


▶Outra parte dessa oração, ele orou em favor dos seus discípulos, isto é, daqueles que conviviam com ele naquele momento em que ele estava entre nós, discípulos, os doze, e depois, certamente, mais alguns que conviviam com o Senhor Jesus Cristo.


Mas em terceiro lugar, essa oração sacerdotal também foi feita em nosso favor, em favor de todos que viriam a ser seus discípulos, isso é, incluindo a você e me incluindo também.


Jesus ora não apenas por aqueles que conviveram com Ele na sua vida terrena, mas orou por todos nós que viríamos a ser seus discípulos.


Com certeza, a preocupação de Jesus deve ser com a sua igreja. Por isso, ele orou por aqueles discípulos que estariam organizando, estariam fundando a igreja, e orou também por todos nós.



Mas na primeira parte da sua oração sacerdotal, as preocupações de Jesus foram especificamente dirigidas a Deus, isto é, ao seu desejo, ao próprio Filho, o próprio Deus encarnado na pessoa do Filho, tinha um desejo de agradar a Deus, o Pai. Tinha o desejo de glorificar a Deus, o Pai.


Sabemos como o Senhor Jesus glorificava a Deus e como nós, por nossa vez, podemos glorificá-lo. Jesus tinha já glorificado a Deus cumprindo a obra que ele tinha para fazer.


Ele tinha sido designado lá na eternidade, antes que nós existíssemos, havia sido designada uma obra que era para ser feita pelo Filho, uma etapa nessa história da salvação e que seria cumprida pelo Filho.



Veja bem,

num primeiro momento, Deus Pai atuou.


▶Hoje quem está atuando é o Deus Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade.


▶Mas houve um momento na história do ser humano em que a presença do Filho era real e fazia parte desse plano de Deus.


E a preocupação do Senhor Jesus, a preocupação do Filho, era glorificar o Pai, glorificar a Deus, cumprindo a obra que Ele tinha para realizar. Jesus seria reerguido dentre os mortos, derrotando assim aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo.


E depois de aparecer para confirmar a sua ressurreição, ele subiria, como de fato subiu, ao trono de Deus para receber o seu reino e reinar até que o último inimigo, isto é, a morte, fosse vencido pela ressurreição final da humanidade.


Por isso é que nós lemos no finalzinho do Versículo 18 essa frase tão marcante que diz assim que João reservou para nós com essas palavras:


"Eu estive morto, mas eis que estou vivo pelo século dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno".


O nosso Senhor Jesus tem esse poder. Por isso, nós temos a esperança, e não é uma esperança incerta, é uma esperança segura, de que também ressuscitaremos.


Nesse capítulo 17 de João, nos primeiros versos, o Senhor Jesus orou a Deus para que Deus o glorificasse, para que, uma vez mais, por sua vez, ele mesmo glorificasse a Deus.


Nós sabemos que nós temos que glorificar a Deus. Veja, por exemplo, 1ª Coríntios 6: 20. E assim fazemos isso também, adequadamente, cumprindo a obra que Ele nos deu para fazer.


As Escrituras nos preparam completamente para toda boa obra. E assim vamos glorificar o nosso Deus, vamos glorificar o Senhor Jesus, não apenas sendo ouvintes, mas cumpridores dessa palavra.


Mas nessa oração sacerdotal inicial, em que o Senhor Jesus pede a Deus que Deus o glorifique, nós sabemos que isso aconteceu, e hoje o Senhor Jesus é um Senhor ressuscitado, um Senhor glorificado, um Senhor entronizado.


Por isso, então, nesses dois Versículos 17 e 18 de Apocalipse Capítulo 1, podemos ter como princípio, como princípio norteador, como princípio orientador para as nossas reflexões, o seguinte princípio, a seguinte frase resumida:




▶Todo ser humano é impactado diante da visão de Jesus glorificado

Repito para você, se você tiver condições, anote aí, esse é o princípio, esse é o resumo dessa passagem de Apocalipse Capítulo 1, Versículos 17 e 18:


Todo ser humano é impactado diante da visão de Jesus glorificado. E nesses versos, encontramos três descrições do que ocorre diante de Jesus glorificado.

ORAÇÃO DO MESSIAS
O cumprimento da oração sacerdotal



A primeira descrição mostra-nos

▶A reação que João teve ao ver Jesus glorificado

Veja bem, o texto diz que ele caiu aos seus pés, aos pés de Jesus, e ele caiu como morto. É interessante, o versículo diz assim:


"Quando o vi, cai a seus pés como morto".


Apesar de João ser um dos companheiros mais íntimos do Senhor Jesus durante o seu ministério terrestre, ele mostrou reverência absoluta para com o Senhor Jesus. É interessante como ele reagiu com respeito e temor diante do Senhor Jesus.


Certamente, a visão do Senhor Jesus glorificado, com toda a glória de Deus, trouxe um impacto realmente diferente para João. Ele tinha sido impactado quando Jesus estava aqui entre nós na terra:


▶com seus ensinos,

▶com seus milagres,

▶com sua vida de oração.


Mas agora, ele via o Senhor Jesus plenamente glorificado, e ele reage de uma maneira muito interessante. Ele acabou de ver Jesus pronto para julgar, um Senhor Jesus não mais Salvador, mas um Senhor Jesus juiz.


E qual foi a reação de João? João disse sobre si mesmo: ele caiu como morto. Agora, compare essa reação com Isaías, uma visão semelhante.


Como todos nós devemos reagir a Cristo? Não devemos nos prostrar diante dele, com respeito absoluto? Com certeza. Com certeza sim.



▶João viu Jesus, e nós podemos ver Jesus com os olhos da fé.



▶João desmaiou na presença de Jesus, e nós devemos nos submeter diante do Senhor Jesus Cristo.



É interessante que o texto continua. E por isso, nós podemos olhar para a segunda descrição que nos mostra a atenção de Jesus. Jesus deu um toque vivificador, e Jesus deu uma mensagem encorajadora. O texto é muito claro e disse que:



▶O Senhor Jesus tocou em João

Esse toque do Senhor Jesus é o toque que nos traz a vida. João caiu como morto, mas o Senhor Jesus colocou a sua mão sobre João, e a mensagem reconfortadora, restituidora da vida, foi: "Não temas".


Jesus não veio apenas para condenar, não. Jesus não veio para condenar especificamente João, de jeito nenhum. Jesus veio para encorajar João, porque João era o seu mensageiro escolhido. A mão estendida oferece conforto, e as palavras do Senhor Jesus trazem alívio.


"Não temas" foi também a saudação que o Senhor Jesus deu aos seus discípulos logo após a sua ressurreição.




Na segunda descrição, nós temos então toda a atenção do Senhor Jesus Cristo. E a terceira descrição nos mostra:

▶A auto identificação concedida pelo próprio Senhor Jesus a João


Jesus disse: "Eu sou o primeiro e o último".


Novamente, uma frase paralela, "O Alfa e o Ômega", uma frase que nós estudamos nos últimos programas. Isso quer dizer que em Jesus, no Senhor Jesus, temos o pleno controle. Ele tem o pleno controle da minha e da sua história, da história do mundo. Mas Jesus disse mais. Ele disse para João:


"Eu sou aquele que vive".


Isto é, nós cremos no Senhor vivo. Nós cremos no Senhor Jesus ressurreto, um Senhor que está vivo. E Jesus disse mais:


"Eu estive morto, mas eu estou vivo".


E isso é uma grande verdade. O Senhor Jesus afirma a sua morte porque é pela morte do Senhor Jesus Cristo, pelo seu sacrifício na cruz do Calvário, pelo seu sangue derramado, é que nós temos perdão dos pecados.


Jesus necessitou morrer para que eu e você tivéssemos vida. Você tem vida espiritual hoje porque o Senhor Jesus morreu. Mas Ele não ficou preso à morte, Ele está vivo.

 

Nós temos um Senhor vivo! Jesus disse que Ele vive eternamente, graças a Deus.🙏 Um dia, na eternidade, nós estaremos para sempre com o Senhor.



E em quinto lugar,

O Senhor ainda se descreveu como aquele que tem as chaves da morte e do inferno

Porque Jesus ressuscitou, ele venceu o último inimigo que todo ser humano enfrenta, isto é, a Morte. Portanto, eu e você que cremos no Senhor Jesus podemos ter certeza de que também seremos ressuscitados.


Querido amigo, ao concluirmos essa meditação, eu quero lhe desafiar a que você, se ainda não aceitou esse Senhor Jesus, o aceite agora como o seu Salvador e Senhor.


Porque um dia ele virá, com certeza ele virá. Ele virá como juiz, e todos nós deveremos prestar contas a Ele.

 


Você que já o aceitou, mantenha-se comprometido com Ele, e viva para sua honra e para sua glória.


Que o Senhor te abençoe, um grande abraço, e até o próximo programa.




Por Dr. J. Vernon McGee © Thru the Bible Radio Network, www.ttb.org


Fontes:

Bíblia sagrada

Programa através da Bíblia

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